Reproduzimos o artigo de Célia Tahan para análise dos leitores.
CÉLIA BRETAS TAHAN
O 6º Salão do Livro do Tocantins - maior evento literário do Norte e do Nordeste do País - provou, mais uma vez, que cultura e educação estão ao alcance de todos.
A área, ampliada para mais de 10 mil metros quadrados, mostrou que o Salão não pode ficar restrito ao Espaço Cultural ou ao Centro de Convenções. Daí, a necessidade de montar uma estrutura própria, no ponto mais central de Palmas, de fácil acesso a todos os visitantes: a Praça dos Girassóis.
O recurso de R$ 8,6 milhões, já previsto no Plano Plurianual (PPA) e no Orçamento do Estado, não é retirado de ações previstas para as escolas. Ao contrário: o Governo do Estado vai aplicar, só este ano, mais de R$ 70 milhões em melhorias salariais dos professores; R$ 60 milhões em obras nas escolas, inclusive em laboratórios de informática; R$ 50 milhões em ônibus para o transporte escolar e continuará investindo, maciçamente, em cursos de qualificação e formação de professores.
Quem ganha com o Salão é o público e a população do Tocantins, além dos professores e servidores da Secretaria da Educação e Cultura (Seduc), que podem comprar os títulos que quiserem com o vale-livro. São mais de 21 mil servidores beneficiados. E, sim, a Seduc continua a adquirir livros das editoras para as bibliotecas escolares. São livros de pedagogia, de psicologia e outros, destinados à formação dos estudantes, como Machado de Assis, José de Alencar e tantos escritores que servem de base para o estudo das correntes literárias do nosso Brasil.
E, claro, onde há grandes atrações há grandes filas, seja em locais abertos ou fechados, pagas ou gratuitas. Atrações de peso podem e devem se apresentar em espaços fechados, com comodidade e temperatura amena, espaços dignos de receber nomes conhecidos internacionalmente, como Fagner, Almir Sater, Ariano Suassuna, Dominguinhos, Viviane Mosé e tantos outros. Para permitir que um número maior de pessoas assistam aos espetáculos, foram instalados também telões, transmitindo ao vivo a programação do auditório Odir Rocha.
É inegável a movimentação econômica gerada pelo Salão do Livro. Desde gráficas e confecções, até bares, restaurantes e hotéis, lojas, táxis e transporte público, todos se beneficiam, financeiramente, com a realização do Salão do Livro. Só isto bastaria para defender a sua realização, seja em período chuvoso ou de seca. Palmas e o Tocantins precisam de grandes eventos anuais para consolidar a sua economia. E o Salão do Livro é o maior evento anual do Estado e das regiões Norte e Nordeste.
Não há privilégios a livrarias. Há privilégios aos tocantinenses que trabalham nas livrarias. Estes, sim, ganham com o Salão. As grandes editoras não têm aqui suas sedes. Geram, no Tocantins, renda apenas para elas. As livrarias geram renda para a população.
No mais, nós, que trabalhamos para o Estado, continuamos lutando para aprimorar, cada vez mais, o Salão do Livro. As críticas fazem parte do nosso dia-a-dia. Nunca conseguiremos agradar a todos, mas temos a certeza de que estamos no caminho certo, agradando a maioria.
O Salão do Livro é, hoje, um evento consolidado e ansiosamente aguardado. Não pertence ao governo nem a nós que ajudamos a realizá-lo, pertence à população do Tocantins!
Célia Bretas Tahan é jornalista
E-mail: celiatahan@ig.com.br