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“Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer a verdade, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando. Falei muitas vezes como palhaço. Mas nunca desacreditei na seriedade da platéia que sorria." CHARLES CHAPLIN

*****

EXTRA!

Olá, amigos!

Nosso perfil no Facebook foi desativado por reclamações de usuários incomodados com nossa postura crítica. Isso é uma forma de CENSURA. De uma coisa estamos certos: jogamos muita LUZ na ESCURIDÃO que povoa corações e mentes naquela rede social.

Pedimos a nossos leitores que repercutam no FACE esta nossa frase e o link abaixo:

“a VERDADE continuará cortante como lâmina afiada. e precisando de CRISTOS pra se sustentar, em todos os sentidos. a maioria, FUGINDO DA VERDADE, prefere CRUCIFICAR quem diz a verdade”

http://migre.me/5UUH2

Atenciosamente,

ALM@NÁRQUICA

quinta-feira, 25 de março de 2010

ARTIGO - ANTONIO REZENDE


Chega de "circo" do livro
ANTONIO REZENDE

O título pode parecer irônico, sarcástico, desrespeitoso e até deselegante. Mas não é. Meu propósito é virtuoso: provocar reflexões sobre o Salão do Livro do Tocantins, evento anual que o Estado promove sob o pretexto de fomentar a leitura e dar ao povo entretenimento cultural literário. Por outro lado, convenhamos: ninguém atrai leitores só com amenidades; nem incomoda quem recebe elogios em vez de críticas construtivas; nem muito menos muda a realidade ou apura o modo como pensam e agem gestores públicos. Não estou pra afagos fáceis.
É preciso repensar democraticamente uma feira de livros bancada com dinheiro público e alardeada como “maior evento literário do Norte”. Nosso salão não é isso. Do meu ponto de vista, serve mais a interesses privados que a interesses coletivos. Neste sentido é que o termo “circo” é apropriado. Parece piada o povo bancar festa mal pensada e dela ser excluído. Não questiono a importância do evento, mas o modo como ele acontece. Em seu objetivo - permitir o acesso à leitura, a eventos literários e a shows artísticos - deixa muito a desejar. Exponho alguns motivos e questionamentos.
Palmas tem um centro de convenções ainda não concluído e um espaço cultural já pronto, espaços públicos apropriados para eventos; mas o salão do livro continua tendo como palco a Praça dos Girassóis, o que requer uma estrutura cara que é montada e desmontada todo ano. Quanto o Estado gasta com isso e a quem interessa eventos “provisórios” assim? Os milhões ali aplicados anualmente não teriam finalidade mais nobre se investidos, por exemplo, em laboratórios de informática, aquisição de livros para bibliotecas, cursos de qualificação para professores ou até mesmo na melhoria de escolas?
No campo do fomento à leitura, tábua de salvação em que o Governo se sustenta para justificar o “investimento”, quem ganha com o salão do livro não é o respeitável público. Este não tem acesso aos livros caros vendidos por livrarias e não por editoras; tanto que para comprar livros convém antes considerar preços e comodidade da internet. O cheque-livro (dado a professores para a “compra engessada” de livros na feira) não seria melhor aplicado se investido na aquisição de títulos para as bibliotecas escolares, diretamente das editoras e não de livrarias? Assim a coisa não renderia um pouquinho mais, com função social e coletiva, porque além de chegar aos professores chegaria também aos alunos e à comunidade?
No campo do entretenimento, questiono. Faz sentido as pessoas se acotovelarem em filas quilométricas para ver shows de artistas consagrados como Almir Sater, Fagner e Dominguinhos em um espaço tão inapropriado como um auditório de metal e plástico? Não faz; por mais amplo, imponente e refrigerado que seja o ambiente. A meu ver, o Estado também desrespeita e até humilha o contribuinte neste caso. Tudo bem, ampliaram a estrutura e aboliram o pernicioso sistema de distribuição de convites (o que privilegiava panelinhas escancaradamente, como se o Governo fizesse a festa para uma casta). Mas permanece o incômodo das filas, da correria, do tumulto. Ora, bons shows atraem grandes públicos e devem ser realizados em lugares abertos, mais apropriados, principalmente quando gratuitos. Os próprios artistas preferem assim.
Reconheço a importância do evento. De fato ele atrai grande público e movimenta a cidade e seu comércio por alguns dias em vários aspectos, o que é positivo. Mas questioná-lo de modo franco e democrático é necessário. O assunto deve ser debatido na mídia e nas casas legislativas. E o Governo, por meio das secretarias da Educação e da Comunicação, deve considerar isso como coisa relevante. Pelo menos para explicar publicamente as razões pelas quais promove o evento numa praça, em período chuvoso, com a participação de livrarias e não de editoras. Soa como piada, afinal, o Governo gastar dinheiro público em eventos que mais privilegiam a iniciativa privada do que a sua gente. E aqui nem convém questionar que valor e tratamento são dados aos “de casa”, tanto nos aspectos empresarial quanto artístico. Será?
REZENDE é poeta e jornalista / email - pontodeprosa@gmail.com
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL DO TOCANTINS, em 25/03/2010

64 comentários:

ANA LÚCIA disse...

Já estava passando da hora de alguém tocar publicamente nesta ferida. Li o artigo no Jornal do Tocantins. Tomara que os olheiros do Governo levem ao conhecimento dos setores responsáveis pelo evento e que o assunto renda mesmo um debate saudável e democrático. Parabenizo o autor do artigo.

ANA LUCIA VIDAL
estudante

Sergio Moura disse...

TAMBÉM ACHO QUE O EVENTO É IMPORTANTE, POR MOVIMENTAR A CIDADE E PROPORCIONAR ENTRETENIMENTO AO POVO. AGORA, DO MODO COMO VEM SENDO ORGANIZADO TODOS OS ANOS PARECE MAIS UMA PIADA MESMO. O TÍTULO FOI APROPRIADÍSSIMO, 'CIRCO' DO LIVRO. GRANDE PARTE DA POPULAÇAO PENSA MESMO ISSO QUE O POETA E JORNALISTA ESCREVEU NO ARTIGO; O PROBLEMA É QUE NINGUÉM QUER POR A BOCA NO TROMBONE. NEM MESMO A IMPRENSA TRATA O ASSUNTO COM A SERIEDADE INVESTIGATIVA QUE PRECISA.

Anônimo disse...

Um artigo corajoso e necessário. Parabenizo o poeta ANTONIO REZENDE, pela propriedade com que escreveu; e o JORNAL DO TOCANTINS, pela publicaçao. O assunto precisa mesmo ser debatido com responsabilidade e de modo democrático.

CLAUDIO JOSÉ NESSELO disse...

PARABENS PELO ARTIGO, E MAIS AINDA PELA CORAGEM DE ESCREVE-LO.
PENA QUE O "RESPEITAVEL PUBLICO" NAO VEJA DESSA MANEIRA, E OS NOSSOS REPRESENTANTES QUE VEÊM, INFELIZMENTE COMUNGAM DA "FARRA" COM O DINHEIRO DOS NOSSOS IMPOSTOS...........

CLAUDIO JOSÉ NESSELO

claudionesello_mix@hotmail.com

DAVID ALECRIM disse...

Bom dia, não escritor, não escrevo bonitinho. escrevo simples direto e objetivo.

Lamentável, infeliz, essa e uma centena de outras palavras poderiam ou melhor definiriam o seu triste artigo.
Demostra entre outras coisas o seu total desconhecimento do que seja uma Feira do Livro. Não estou aqui defendendo Governo ou qq outro orgão envolvido na Magestoso evento de Palmas. Você como jornalista, não fez o básico, ou a lição de casa. Demostrando total desconhecimento de como funciona uma Feira/Salão ou Bienal de livros em todos os lugares do Brasil, aposto que nunca perguntou, entrevistou nenhum Empresário que participa das Feiras em todo o Brasil, como no meu caso. VOCÊ ACHA MESMO QUE AS EDITORAS NÃO ESTÃO PRESENTES NO SALÃO DO LIVRO???????????????? que pena. você absolutamente não entende nada do nosso comércio. Você leu quem são os patrocinadores do evento?????? ANL e CBL você sabe o que significa??? tenho certeza de que não. Demostra entre outras coisas, a opinião tendenciosa, política tupyniquim, dos currais do falido coronélismo que ainda infelizmente perciste nas terras aqui do Tocantins. Demostra mais uma vez que não se informou sobre as compras que são feitas pelas Escolas a cada dois anos, para ampliação das Bibliotecas de TODAS AS ESCOLAS ESTADUAIS DO TOCANTINS. Demostra desconhecimento do que ocorre com outros Estados, ou seja "APENAS" Tocantins, Pernambuco, Pará, contemplam seus Professores, Escolas com o vale livro. De fato a construção e a ampliação do Centro de convenções é necessária, a única coisa positiva do seu artigo, foi feita sim uma Edição no referido local (Não teve visitação nenhuma) longe etrc, etc, etc, Tivemos um prejuizo astrônomico, ou você acha que os Empresários que você critica, a fantástica, dinâmica, arrojada, CORAJOSA, e atuante empreva privada. Você sabe como começou a Feira Pan-amazônica do Livro???? você sabe como é onde a mesma é realizada hoje????? Você sabe quanto cada Expositor de outras localidades investem para participar do Salão do Livro na Sua Cidade e no seu Estado????????????
• Meus sentimentos.

David Alecrim

ANTONIO REZENDE disse...

Olá, David.

Pelo visto, você tem envolvimento e interesse no evento. Em relação aos questionamentos que fez, penso que seria interessante você mesmo trazer esclarecimentos. O espaço aqui é aberto e democrático. Fazendo assim, nos mostra seus conhecimentos. Defenda a realização deste e do próximo salão. Mas, por favor, em formato de circo NÃO.

Um abraço
Rezende

DAVID ALECRIM disse...

você pode publicar na mesma coluna do "seu" jornal.
e pelo visto você não entendeu o que eu disse: se você quiser podemos marcar aqui na feira para conversarmos.

ANTONIO REZENDE disse...

Olá, David. O jornal onde o artigo foi publicado não é meu, mas da Organizaçao Jaime Camara, um grupo de comunicação. Escrevi como cidadão para a coluna de opinião lá, coisa que qualquer
um pode fazer. Sim, converso com vc. Mas uma prosa não mudará minha opinião. O que vejo no salão do livro é um patuá de livrarias instaladas, a maioria de fora, vendendo títulos um pouco salgadinhos para o meu gosto e o de muita gente. Não sei o que vc faz na feira/salao. Mas... convenhamos... livro neste país está o olho da cara. E aí eles não estão nada em conta, se considerarmos o que vale mesmo a pena levar para casa.

Ah...nao sei se vc reparou, mas no artigo não me opus ao salão do livro. O que fiz foi uma crítica ao modo como ele acontece, do meu ponto de vista EQUIVOCADO... em tempo chuvoso, numa estrutura temporária cara e com eventos que bem mereciam palco aberto, até mesmo para respeitar quem está bancando a maior parte de tudo, o povo tocantinense.

Outra coisa, David. Meu grito não é pessoal, mas coletivo. Eu não entro em fila pra ver evento aí, tenho credencial de jornalista. Falo é pelos que não podem falar, a maioria. Não sei se vc entende.

A propósito, David. Vc é de que estado?

abs

DAVID ALECRIM disse...

Você pelo que me parece deve estar ligado a algum grupo ou político Tupiniquim os verdadeiros Cânceres do nosso Brasil.

VOCÊ DEVERIA VER E DIVULGAR O POSITIVO DO SALÃO DO LIVRO, DAS CENTENAS DE PESSOAS, EMPRESAS, PROFISSIONAIS, ENVOLVIDAS, DO FUTURO DAS MILHARES DE CRIANÇAS DE MILHARES DE JOVENS QUE VISITAM, COMPRAM, E PARTICIPAM DAS ATIVIDADES OFERECIDAS NOS "CIRCOS".
APOSTO QUE VOCÊ NÃO ASSISTIU NENHUMA. APOSTO TAMBÉM QUE NÃO PARTICIPOU DE NENHUMA PALESTRA, APOSTO QUE VOCÊ TAMBÉM NÃO PARTICIPOU DA ORGANIZAÇÃO, DO PLANEJAMENTO, DE NADA. LAMENTÁVEL.

se você quer melhorar a o Salão do Livro de fato, faça uma campanha pela Conclusão do Centro de Convenções.
se você quer de fato que a sua Cidade, os seus habitantes, os estudantes, em fim o público em geral seja melhor beneficidado, LUTE PELA CONCLUSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES.
ou venha você fazer melhor, convite os Sites de vendas de livros pela INTERNET para apoiar o seu evento.

sem falar que você não conheçe mesmo nada de Feira de Livro, nem tão pouco o formato em que elas são realizadas.
Se você tivesse um mínimo de bom senso, e de fato estivesse interessado "sem demagogia" ficaria honrado em seu Estado poder contar com uma estrutura maravilhosa e um evento anual grandioso como esse, e os outros anos?????? e os anos anteriores você também fez esse questionamento??????????
mande me uma cópia dos seu artigo.
Estou trabalhando sim aqui no seu Circo, no SEXTO Salão do Livro do Tocantins Na sua Cidade com muito orgulho desde a primeira edição.
SOU EMPRESÁRIO COM MUITO ORGULHO DO LIVRO HA MAIS DE 20 ANOS,
aqui estão representadas pelo menos umas 180 ou mais Editoras, por intermédio de representantes, e de livrarias que fazem a verdadeira diferença.

eu autorizo sim você a publicar no seu jornal o meu email.

DAVID ALECRIM disse...

Você pelo que me parece deve estar ligado a algum grupo ou político Tupiniquim os verdadeiros Cânceres do nosso Brasil.

VOCÊ DEVERIA VER E DIVULGAR O POSITIVO DO SALÃO DO LIVRO, DAS CENTENAS DE PESSOAS, EMPRESAS, PROFISSIONAIS, ENVOLVIDAS, DO FUTURO DAS MILHARES DE CRIANÇAS DE MILHARES DE JOVENS QUE VISITAM, COMPRAM, E PARTICIPAM DAS ATIVIDADES OFERECIDAS NOS "CIRCOS".
APOSTO QUE VOCÊ NÃO ASSISTIU NENHUMA. APOSTO TAMBÉM QUE NÃO PARTICIPOU DE NENHUMA PALESTRA, APOSTO QUE VOCÊ TAMBÉM NÃO PARTICIPOU DA ORGANIZAÇÃO, DO PLANEJAMENTO, DE NADA. LAMENTÁVEL.

se você quer melhorar a o Salão do Livro de fato, faça uma campanha pela Conclusão do Centro de Convenções.
se você quer de fato que a sua Cidade, os seus habitantes, os estudantes, em fim o público em geral seja melhor beneficidado, LUTE PELA CONCLUSÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES.
ou venha você fazer melhor, convite os Sites de vendas de livros pela INTERNET para apoiar o seu evento.

sem falar que você não conheçe mesmo nada de Feira de Livro, nem tão pouco o formato em que elas são realizadas.
Se você tivesse um mínimo de bom senso, e de fato estivesse interessado "sem demagogia" ficaria honrado em seu Estado poder contar com uma estrutura maravilhosa e um evento anual grandioso como esse, e os outros anos?????? e os anos anteriores você também fez esse questionamento??????????
mande me uma cópia dos seu artigo.
Estou trabalhando sim aqui no seu Circo, no SEXTO Salão do Livro do Tocantins Na sua Cidade com muito orgulho desde a primeira edição.
SOU EMPRESÁRIO COM MUITO ORGULHO DO LIVRO HA MAIS DE 20 ANOS,
aqui estão representadas pelo menos umas 180 ou mais Editoras, por intermédio de representantes, e de livrarias que fazem a verdadeira diferença.

eu autorizo sim você a publicar no seu jornal o meu email.

Anônimo disse...

Caro Antonio Resende,
pode veicular minha opinião da forma que melhor lhe convier. Sou mais uma voz de muitas que percebem que V.Sas. não critica o evento, mas sim a forma como Ele é organizado.
Parabéns e conte comigo
Evandro Miranda Borém
gansotrops@ig.com.br

ANTONIO REZENDE disse...

Não vejo razão para debates acirrados assim, David, com prejulgamentos e até ofensas de sua parte. Este, sinceramente, não é o meu modo de conversar e agir.

O que escrevi no artigo é o que escrevi, com endereço certo... aqueles que são responsáveis pela organização e realização do evento, entre eles o Estado. Isso é o que está em questão.

Sei que, depois do salão/feira/circo, com o que faturou ou não nele, você junta suas sobras de livros e vai para outro lugar, vender livros como livreiro que é. Eu e os demais tocantinenses ficamos aqui, com a fatura do salão/feira/circo pra pagar, o centro de convenções pra concluir, o lixo pra catar e os estragos na praça pra arrumar.

Com você, camarada, não gasto mais tinta nem prosa. Bom comércio aí. Bem vejo que você não vai mesmo resolver a parada do salão/feira/livro que há vários anos acontece de modo equivocado aqui.

Bom salão/feira/circo ou o que você preferir.

Respeitosamente,
ANTONIO REZENDE

AGNALDO VIANA disse...

eu nao tenho compromisso com nenhum politico nem com nenhum livreiro do salao do livro. acho que o artigo está bem fundamentado, sim. o evento precisa ser repensado. é um absurdo um show como o de hoje atender só quem conseguir se manter em pé naquela fila enorme e limitada. nao fui ao show de dominguinhos, nem irei ao de almir sater. nao tenho tempo pra largar o que tenho a fazer até mais tarde pra ficar numa fila disputando espaço. o povo merece mais respeito. acho que a feira deve acontecer em tempo sem chuva, no espaço cultural ou no centro de convençoes e os shows devem acontecer em lugar aberto, para todos.

Anônimo disse...

Sou recente morador da capital e concordo plenamente com o artigo em opinião no JT de hoje. Estes eventos de fato atendem a interesses particulares em detrimento de uma melhor organização que atenda os anseios da população.
Abraço
EMB

ANTONIO REZENDE disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RF disse...

Prezado Rezende,

Seu texto a respeito do Salão do Livro está simplesmente perfeito. Fico impressionado como pode haver tanta semelhança em ver as situações entre o seu prisma e o meu.

Novamente, minhas congratulações pela clareza, objetividade e efetividade em passar uma mensagem necessária sobre este evento, ao qual optei por não visitar este ano devido a algumas das razões que você expôs, e outras também, relacionadas só a mim.

Um abraço!
RF

Anônimo disse...

Rezende. Acabo de ler o seu artigo no Jornal do Tocantins. Belíssimo! Sou professor de Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia do Campus Universitário de Miracema e percebo no dia-a-dia das escolas públicas a carência de LIVROS nas bibliotecas. A primeira vez que fui no Salão do Livro do Tocantins tive a mesma sensação expressada por você. Senti-me intranqüilo, pois, ali, simplesmente um “faz de conta” para o benefício de alguns. Dá-se, nesse evento, a caricaturização da importância do livro, ou melhor, da leitura. Peço-lhe, assim, que as suas palavras possam retratar o que eu penso. Assim, roubo a sua escrita para que se torne minha! Um abraço carinhoso.

Anônimo disse...

Prezado Senhor Rezende,

Tive a oportunidade de ler seu comentário publicado no Jornal do Tocantins no dia 25/03/10, e devo parabenizá-lo pela ousadia em escrever algo tão instigante, nao sou daqui do tocantins como muitos outros moradores desta cidade e há tempos venho percebendo o alardeamento que se faz em relação ao salão do Livro, em alguns caso ja se chegou a citar que ele so perde para a Bienal do Livro, o que particularmente acho uma injúria, pois como bem você cita no seu artigo, o que você encontra nao são editoras vendendo livros, mais sim livrarias que monopolizam os preços e as pessoas iludidas acham que sai mais em conta comprar livros nesta época, ledo engano, sou bibliotecária e conheço bem os preços de livros para saber quando se pode comprar ou quande se está acessível a população.
É uma pena que este evento na verdade funcione mais como cunho político do que como algo que realmente venha para fomentar e disseminar o acesso à leitura as pessoas menos favorecidas. Se você observar bem, o que verá são pessoas indo passear e nada mais, já que Palmas não oferce muito lazer a população e qualquer coisa acaba sendo gratificante, mesmo que seja para ficar so olhando, sem poder usufruir de verdade. Poderia ser algo melhor que estimulasse e realizasse um evento de acesso à todos, mas pelo que vejo é algo muito longe de acontecer e continuará a ser assim por muito tempo, dinheiro público sendo jogado fora, e a população achando que o salão do livro é algo único no Brasil, enquanto você tem por aí a FLIP, Feira do livro em Porto Alegre, a feira Pan Amazonica do Livro, que garanto a você superam em todos os quesitos ao Salão do Livro e mais ainda a Famosa Bienal do Livro e dizer que o salão do Livro so perde para a Bienal é um verdadeiro disparate para enganar as pessoas achando que o governo faz tudo perfeito, e ai digo o seguinte o que falta as pessoas é justamente o que elas ousam ir conhecer neste evento leitura e conhecimento.

Parabéns.

SAMUEL LIMA disse...

Olá amigo Rezende,

Lembra de seu aluno de Literatura do CPU em Araguaína?
Acho que ainda tenho tua cartilha - Politre (Português, Literatura e Redação).
Mas o motivo deste contato é outro: tenho um blog (www.samuellgb.blogspot.com) e gostaria de autorização para publicar teu artigo sobre o Salão do Livro, divulgado na edição de hoje do Jornal do Tocantins. Gosto sempre de ir à fonte, ao contrário de sair copiando-colando tudo que vejo (se bem que faço muito isso kkkkk). Mas com pessoas conhecidas, é-me mais ético contactar e pedir à prórpai fonte. Meteste o dedo na ferida e acredito que esta é uma das funções principais de verdadeiros jornalistas, encanudados ou não!
Aguardo resposta positiva quanto à solicitação,

--
Samuel Lima
http://samuellgb.blogspot.com
http://twitter.com/samucajor

a direçao do blog disse...

A DIREÇAO DESTE BLOG ADVERTE QUE EXCLUIRÁ COMENTÁRIOS OFENSIVOS. PEDIMOS AOS INTERNAUTAS QUE SE ATENHAM À QUESTAO EM PAUTA, SEM LEVAR O DEBATE PARA O CAMPO DA POLITICAGEM.

MARIANA FONTES disse...

Olá. Eu sou estudante de Direito. Fiquei sabendo do seu artigo lá no salao do livro, hoje, no show do Almir Sater. Eu e mais um monte de gente que ficou sem entrar, amontoado do lado de fora. Deu vontade de fazer uma quebradeira. Acho que esta linguagem eles entendem. Shows de expressao nacional em auditório é mesmo piada. Piada maior sao aquelas cadeirinhas oficiais para os da frente. Sinceramente, nao dá pra aceitar. Deviam dar de troco para quem foi e nao teve lugar um nariz de palhaço. Assim o clima de circo ficaria bem mais evidente. Artigo mais que oportuno e necessário. SHOWS ABERTOS JÁ...

Anônimo disse...

Sou professora da rede pública estadual. Por isso não gostaria que me identificassem aqui. Mas tenho opinião e quero externá-la.

Li o artigo e os comentários. O autor tem razão em afirmar que o evento precisa ser repensado e realizado em lugar mais apropriado, de modo a contemplar melhor quem vai lá, principalmente no caso dos shows artísticos.

Também acho um absurdo o Estado bancar feira para que livrarias, e não editoras, faturem do povo tocantinense. Com raras exceções, o dinheiro que o povo gasta com livro na feira vai para fora, nos bolsos e nas contas dos donos das tais livrarias. Essa é a verdade nua e crua.

Querem fomentar a leitura? Busquem uma forma de trazer quem possa oferecer melhores preços e melhores títulos.

Querem dar ao povo a oportunidade de ver bons shows sem a humilhaçao e a injustiça das grandes filas? Façam shows abertos, pra todo mundo ver sem tumulto, muita espera e correria.

ADEMAR NEPOMUCENO disse...

Aposentado do serviço público federal, tenho 68 anos. Minha esposa tem 57. Gostamos de música popular e saimos de casa animados no domingo passado para prestigiar o show de Dominguinhos, mas não conseguimos entrar. Queríamos ter visto Almir Sater cantar ontem, mas não nos motivamos a ir ao salão do livro depois da frustração anterior.
Soube por meio de minha filha que tentou assistir ao show de Almir Sater e também não conseguiu que, na entrada do tal auditório geral, foi uma confusão só. Teve até pancadaria. E, convenhamos, ambientes assim não são apropriados para senhores e senhoras que querem mais é diversão com paz e sossego.
Adoramos Fagner, um dos grandes ídolos da MPB, mas infelizmente sabemos que não poderemos ir ver ele cantar. O show dele vai ser também no domingo e seguramente o salão vai estar aquela confusão de sempre. Infelizmente.
Diante do que expus aqui, do que li no artigo e também nos comentários, concluo que o termo ‘circo’ cai como uma luva para o momento. Muitas vezes é preciso a gente ser ironizar pra se fazer ouvir e respeitar. Que o Governo entenda a publicação como crítica construtiva e repense o modo como está fazendo o salão do livro.
PS - Nunca fomos de encarnar a figura de ‘casalzinho idoso’ para furar filas, nem muito menos de buscar o tal ‘jeitinho brasileiro’ pra entrar nos lugares.

Ademar Vieira Nepomuceno

Juliana Moraes disse...

Também li o artigo no jornal e fiquei sabendo da publicação dele em dois blogues. Lendo os comentários aqui, vejo que é vontade da maioria ver o salão do livro acontecendo em outro formato. A exceção é o David Alecrim, que mostrou-se um apelão interesseiro, alguém que demonstra não conhecer bem o nosso Tocantins.

Juliana Moraes
Araguaína

A DIREÇAO disse...

A direçao deste blog esclarece que parte dos comentários aqui foram adaptados a partir de mensagens enviadas por leitores do JORNAL DO TOCANTINS diretamente ao jornalista ANTONIO REZENDE, pelo email pontodeprosa@gmail.com.

Informamos que os comentários aqui neste espaço podem ser identificados com os nomes verdadeiros de seus autores, com apenas as iniciais de seus nomes ou mesmo por apelidos.

O anonimato também é permitido nos comentários, desde que estes nao fujam do tema em discussao nem contenham conteúdo ofensivo.

A DIREÇAO

EVANDRO NOLETO disse...

Sinceramente. Tentar levar a coisa para o lado político, como fez o David insinuando que o autor do artigo está a serviço de grupo político, foi o fim da picada.

Quem conhece o Antonio Rezende sabe, assim como a maioria dos jornalistas e do políticos tocantinenses sabem; ele não é mesmo de afagos e escreve muitas vezes de modo ironico e ácido, mas sempre com foco no que é interesse comunitário. É e tem se portado assim, desde que o conheci atuando na imprensa, ainda em Araguaína.

É como disse o próprio Rezende, num de seus comentários...

Depois do evento, o David vai para outro lugar vender seus livros e nós ficaremos aqui com a fatura pra liquidar, um centro de convenções pra concluir e uma praça pra consertar.

Com este poeta eu também faço coro... CHEGA DE 'CIRCO' DO LIVRO.

Evandro Noleto

Anônimo disse...

Eu prefiro o anonimato, pois trabalho na Educação do Estado, bem pertinho de quem palpita e apita quando o assunto é este salão do livro. Mas, em relação ao tema do artigo, nada mais coerente o Estado rever o modelo engessado de anos anteriores, em que uma estrutura cara, limitada e provisória é montada na praça e imposta à população.
Pelos vários motivos já expostos, quem ganha com isso, seguramente, não é o povo tocantinense. E aqui nem quero especular sobre desvios e superfaturamentos, coisas corriqueiras e asquerosas na esfera pública.
Da sequencia de comentários, destaco o seguinte trecho de um comentário de Antonio Rezende em resposta ao senhor David Alecrim, provavelmente um dono de livraria que se julgou ofendido...
‘’Meu grito não é pessoal, mas coletivo. Eu não entro em fila pra ver evento aí, tenho credencial de jornalista. Falo é pelos que não podem falar, a maioria. Não sei se vc entende.’’
É ISSO AÍ, GENTE. QUEM DERA SE TODO POETA TOCANTINENSE AGISSE ASSIM.

Anônimo disse...

Ah. Também sou desses que falam pelos que não podem falar. E nesse sentido específico faço questão de deixar claro e público neste espaço que também trabalho na EDUCAÇAO e ponho-me a disposição do jornalista para revelar coisas dignas das páginas de jornais sérios como é o JORNAL DO TOCANTINS. Isto evidentemente se o autor do artigo tiver a necessidade de recorrer a documentos para, ai sim, justificar mudanças urgentes neste formato provisório de salão de livro que está virando definitivo no Tocantins.

LIVIO WILLIAM REIS DE CARVALHO disse...

Prezado Jornalista,


Parabéns pelo artigo sobre o Salão do Livro.
Sou ainda mais radical. Creio que o evento deveria ser abolido e o dinheiro gasto em ações que de fato incentivassem o hábito da leitura, como por exemplo, atividades escolares desenvolvidas regularmente em todas as escolas, durante todos os anos letivos; dotar as escolas de bilbiotecas com acervos dignos desse nome e salas de leitura confortáveis; instituição de prêmios literários em cada escola, nas Regionais da Seduc e, por fim, no Estado e tantas outras iniciativas do mesmo gênero.


Att.,

Lívio

LAURO MARTINS BORGES disse...

Parabenizo o jornalista Antonio Rezende pela propriedade e a franqueza com que escreveu o artigo. Ontem eu entendi de perto o que ele quer dizer no texto com o termo CIRCO DO LIVRO, quando fui barrado na entrada para o show de Almir Sater. Acho que o dobro de gente que queria ver o show ficou do lado de fora.

Outra coisa. No artigo, só faltou o jornalista lembrar o fato de que a locução do evento menciona a cada minutinho os nomes de duas autoridades, como padrinhos do não do livro. A piada é a gente ter que engolir o clima de comitê eleitoreiro.

Que bom ter gente pra falar pelos que não falam.

MARCIO ANTONIO CARDOSO LIMA disse...

Rezende. Bom dia.

Acabo de ler o seu artigo no Jornal do Tocantins. Belíssimo! Sou professor de Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia do Campus Universitário de Miracema e percebo no dia-a-dia das escolas públicas a carência de LIVROS nas bibliotecas.

A primeira vez que fui no Salão do Livro do Tocantins tive a mesma sensação expressada por você. Senti-me intranqüilo, pois, ali, simplesmente um “faz de conta” para o benefício de alguns.

Dá-se, nesse evento, a caricaturização da importância do livro, ou melhor, da leitura. Peço-lhe, assim, que as suas palavras possam retratar o que eu penso.

Um abraço carinhoso,
prof. Márcio Antônio Cardoso Lima.

Neuza disse...

É isso aí Poeta. Falou o que muitos tem vontade e poucos tem coragem!!Esse seu grito, valeu por muitos que ontem ficaram horas e horas enfretando aquela "piada de fila" e não puderam entrar.Sinceramente, não dá maisd pra aceitar essa bricadeira de "CIRCO DO LIVRO", que já vem a 6 anos circulando por aí.Parabéns pelo o artigo.

Neuza disse...

É isso aí Poeta. Falou o que muitos tem vontade e poucos tem coragem!!Esse seu grito, valeu por muitos que ontem ficaram horas e horas enfretando aquela "piada de fila" e não puderam entrar.Sinceramente, não dá maisd pra aceitar essa bricadeira de "CIRCO DO LIVRO", que já vem a 6 anos circulando por aí.Parabéns pelo o artigo.

RISONHO DO CERRADO disse...

KKKKKKK... 'CIRCO' DO LIVRO FOI ÓTIMO. BEM AO MODO REZENDIANO DE SER.

ALGUÉM NOS COMENTÁRIOS FALOU SOBRE 'NARIZ DE PALHAÇO'... RSRSRS... E EU FIQUEI PENSANDO... A GENTE BEM QUE PODIA FAZER UM NARIZAÇO LÁ.

TB FALARAM SOBRE O CLIMA DE COMITE NO SISTEMA DE LOCUÇAO OFICIAL... QUE ATÉ VIROU NOTINHA DE JORNAL.

A NOTA SAIU NO JORNAL O GIRASSOL E FOI ESCRITA POR UM OUTRO BOM JORNALISTA TONCANTINENESE, TAMBÉM DE VERVE ÁCIDA E CRÍTICA, MARCELO SILVA.

REPRODUZO A PÉROLA DO MARCELINHO AQUI PARA O DELEITE DOS LEITORES DO BLOG...

EIS A NOTA...

PAPAGAIO - O locutor do Salão do Livro recebeu orientação para falar o nome do governador e do secretário da Educação de cinco em cinco minutos. Quem teve que trabalhar no salão vai ter os nomes ecoando no ouvido por mais 15 dias.

POIS É, MINHA GENTE. O 'RESPEITÁVEL PÚBLICO' TEM MAIS É GARGALHAR.

KKKKKKKKK

Anônimo disse...

Palhaço mesmo é esse jornalistinha revoltado, que fala mal do salao do livro mas ontem estava lá, provavelmente encenando seu papelzinho de 'insatisfaçao popular'. E circo é o que permitem neste blog, onde até anonimos como eu podem opinar.

Sabe, senhor Rezende. Só compra livro quem pode mesmo. Jornalista tem mais é que ralar. Falar mal é muito fácil. Quero ver é executar.

Nao tarda e vao entender a que voce se prestou com esse seu artiguinho sem fundamentos.

Meus pesames.

A DIREÇAO disse...

A DIREÇÃO DO BLOG volta a advertir que poderá excluir comentários ofensivos e raivosos.

A proposta da publicação não é promover discussão de baixo nível, mas um debate franco, construtivo, aberto, democrático e respeitoso sobre o modo como está acontecendo o SALÃO DO LIVRO DO TOCANTINS.

PEDIMOS AOS LEITORES que observem a seguinte recomendação, que está publicada no canto direito superior, no alto da página.

‘A inserção de comentários neste blog é LIVRE e DEMOCRÁTICA. Os internautas podem se identificar usando seus nomes verdadeiros, as iniciais de seus nomes, apelidos e até mesmo o anonimato.

Mas os comentários devem ser relativos a cada tema em discussão e não conter ofensas, o que gera um baixo nível de discussão.
Neste sentido, A DIREÇÃO do blog adianta que PODERÁ EXCLUIR COMENTARIOS.’

Esperamos compreensão de todos.

Anônimo disse...

Falam mal de um evento tao importante como o salao do livro, falam mal das autoridades que estao promovendo a maior festa literária do norte e do nordeste, metem o pau nos comerciantes que estao prestigiando o evento e ainda ficam com esse papo de censura, falando em excluir comentários. Assim é que nao dá. Eu sei muito bem onde está o circo e quem é o palhaço.

E.P.S. disse...

Antes de tudo esclareço que não assino com nome verdadeiro para preservar a minha profissão e a entidade que represento.

No Tocantins, já se foi aquele tempo em que jornalista até mesmo corria risco se falasse certas verdades. Era o tempo da espora e da chibata. Os tempos mudaram.

O governador e o secretário da Educação são dois homens públicos sensatos e democráticos. Seguramente não viram no artigo de Antonio Rezende o interesse de ferir; mesmo porque sabem da conduta e respeitam o conhecido jornalista e poeta tocantinense.

Portanto, não há motivos para um ou outro internauta tentar levar a questão para o campo pessoal ou político nos espaços destinados a comentários neste blog.

Todo leitor sensato percebe no artigo que Rezende ‘reconhece a importância do Salão do Livro do Tocantins ‘. O que ele deixa bem claro é que ‘discorda do modo como o evento está sendo realizado há anos ‘. E faz isso de modo aberto, franco, democrático, em artigo publicado num jornal sério, de boa circulação no Tocantins e em Brasília, e que acima de tudo presa pelo jornalismo ético e com isenção.

Como se vê, o jornalista fez sim o dever de casa, ao contrário do que sugere quem a ele se opõe abertamente ou no anonimato. Rezende, em seu artigo, não ataca autoridades, mas argumenta sobre o que muita gente pensa e não pode falar abertamente, seja por não ter o dom da escrita ou por temer reação de Governo. Isto está bem claro quando ele, Rezende, diz em um dos comentários que fez aqui que FALA PELOS QUE NÃO PODEM FALAR.

Quem fizer outro julgamento de sua iniciativa - publicar um artigo em que defende os interesses da coletividade – estará no mínimo sendo injusto com um cidadão que está exercendo de modo responsável seus plenos direitos de liberdade de opinião.

Como advogado, respeitador e defensor dos direitos de todos os cidadãos, hipoteco a Antonio Rezende o meu apoio e a minha solidariedade.

E acrescento mais.

NADA MUDA NA VIDA DE UM POVO QUE NÃO MANIFESTA A SUA OPINIÃO. FELIZ É A SOCIEDADE QUE TEM POETAS, BONS JORNALISTAS E IMPRENSA LIVRE.

Respeitosamente,
EPS

Rose Dayanne disse...

Sim, o evento é importante, mas como vc mesmo disse, a forma como acontece o que não faz do Salao do LIvro um evento para fins públicos e interesses coletivos...
Muito menos de acesso á leitura, pois os livros sao caríssimos, quem sabe um acesso visual, ao menos.
Considero que seja um espaço mágico e cativante, principalmente para as crianças... E é nelas que confio este nosso futuro, espero q elas atente-se pra isso e q mudem realidades como essa... E enquanto elas não crescem, vamos nós começar a mudar essa realidade e tantas outras...

AURELIANO disse...

POIS É. ASSINO EM BAIXO DO QUE DISSE O ANTONIO REZENDE EM SEU ARTIGO.

LIVRO CUSTA MESMO O OLHO DA CARA. EM LIVRARIAS ENTAO NEM SE FALA. NO CASO DOS SHOWS, ANTES ERA AQUELA PIADA DOS CONVITES/INGRESSOS QUE CAIAM PRIMEIRAMENTE NAS MÃOS DE GENTE PRÓXIMA DE GENTE QUE ERA PRÓXIMA DE GENTE PRÓXIMA DO GOVERNO. AGORA TEMOS AS MESMAS FILAS ENOOOOOOORMES. E, PIOR, A DISPUTA TIPO FEIRA-LIVRE DO POVO QUERENDO UMA BOQUINHA PRA VER SHOW PAGO COM A GRANA DO PRÓPRIO POVO.

DOU DEZ PARA A IDÉIA DE TRAZER A DISCUSSÃO PARA O PLANO DO INTERESSE COLETIVO. É MESMO ABSURDA A IDÉIA DE REALIZAR SHOWS MUSICAIS EM AMBIENTE FECHADO COMO UM AUDITÓRIO DE LONA E ESTRUTURA METÁLICA, PRA POUCA GENTE.

EU FUI UM DOS QUE PEGOU FILA E ACABOU FICANDO DE FORA. DE LÁ DO FUNDAO ONDE EU ESTAVA SÓ FIQUEI SABENDO DO REBULIÇO NA ENTRADA. DISSERAM QUE TEVE ATÉ TAPA. CIRCO NESTE CASO É POUCO, MEU CARO REZENDE. NO CASO DOS SHOWS, PELO CLIMA DE DISPUTA, O TERMO MAIS APROPRIADO SERIA RINGUE.

AURELIANO
Estudante de Jornalismo

OLHEIRO GOVERNISTA disse...

Ih, rapá... a coisa pegou por aqui. E acho que nessa de salão do livro o governador que tá acelerando aí pelo interior devia ter sido melhor assessorado. Deviam ter entendido o que o Rezende já alardeava em tudo que é corredor público desde uns anos passados, como é comum à sua característica de falante livre, humorado e gestual, sempre desembainhando a sua espada de justiceiro quando o assunto é coisa pública e interesse coletivo.

O poeta sempre alardeou, até mesmo diretamente para as autoridades, que o salão do livro na praça era um equívoco. Disso quase todo mundo no meio político e na imprensa sabe. Se tivessem ouvido o poeta, o governador acelerado tinha feito aquela jogada de marketing, dando uma repaginada legal no evento, com pelo menos os shows musicais em praça livre.

Pois é, minha boa gente tocantinense. Tivessem levado a sério velhas e muitas broncas do poeta neste sentido, seguramente, teriam faturado politicamente. Agora o boi correu com a corda. E o brejo está logo aí nas beiras de lago. Neste tempo chuvoso, então, aí é que isso de insistir em mais do mesmo pode ter feito estrago.

E viva a verve do poeta telúrico que muitos teimam em dizer que é maldito.

Anônimo disse...

Pois é, Rezende,tem gente que não sabe ler mesmo, ainda que conviva com livros... Mas vamos ao que importa: o Salão do Livro é ótimo. Se levado com melhor orientação de mercado, pode se tornar algo como a FLIP (quando toda uma cidade entra no espírito do livro) ou mesmo seguir o modelo de Bento Gonçalves, que promove, entre "n" atividades turísticas, o Congresso Brasileiro de Poesia. Ali também toda a cidade "veste a camisa" e é comum passear sobre calçadas que apresentam poemas e, ao olhar as vitrines das lojas nossos olhos deparem com um poema na vitrine, ANTES dos produtos a serem comercializados, sejam roupas, doces, ou o que for...
Mas para que consigamos um tal nível de excelência, a primeira coisa a fazer é reconhecer a real importância do evento. Logicamente que os vales aos professores e escolas faz "superabundar" o dinheiro orientado aos livros e ao Salão. Não fosse isso, a quais dimensões se reduziria o evento? Este é só o primeiro aspecto. Há outros, como as "atrações" e sua interação com a literatura, ainda que presemos expoentes dos esportes, ou de outra área qualquer; talvez que seja mais apropriado trazer mais literatos e menos autores na linha da "auto-ajuda". Pesa ainda, em muito, a ausência de uma política para produtores (escritores, editoras, livreiros e, claro, leitores)regionais. Será que é suficiente abrir 15 minutos no café literário para que o escritor regional faça o lançamento de sua obra? Não seria desejável ter oficinas próprias para a produção de livros, desde o escrever até o comercializar? Ou até o ler?
Penso que há muito a se conversar a respeito deste assunto. E seria desejável que os responsáveis ouvissem a população com o fito de MELHORAR o empreendimento.
Os autores tocantinenses (eu e você, inclusives) sabem o quanto é difícil publicar em nossa região; conhecem os custos absurdos e as propostas ainda mais absurdas que recebemos...
Certamente o governo vai aproveitar as críticas para construir mais e melhor. A começar com palcos externos e a promoção do Salão em tempo de estiagem.
Agora, cá pra nós, Rezende, bem no pé do ouvido: Você sabe qual a diferença entre "feira" e "boutique"? É que na feira a gente especula, pechincha, compara os preços "livres", escolhe o melhor produto... Na boutique a gente paga o preço da etiqueta. E ainda sai rindo.
Fique com a certeza de que você está ajudando muito o governo e a Secretaria da Educação, ao apontar pontos que necessitam de melhoria.
Grande Abraço.
Osmar Casagrande.

jjLeandro disse...

Rezende, oportuna a sua crítica. Se ela for levada em conta por quem realiza o Salão talvez ano que vem não seja mais pertinente.

Acredito que muita coisa precisa ser corrigida no Salão do Livro para que ele efetivamente realize seus objetivos.
Uma delas é dar espaço e visibilidade aos autores tocantinenses, completamente excluídos (e não adiante ninguém falar em Café Literário e outros espaços humilhantes), pois nós, na atual estrutura, somos carta fora do baralho, aliás - mais propriamente - página fora do livro.

Realmente há alguém com grandes benesses em tudo isso, mas esclareço de cara: NÃO SOMOS!

JANAINA NUNES disse...

Todo Governo, assim como qualquer outra instituição em um país democrático, tem seus limites. Mas isso depende muito da forma como se posiciona e se manifesta o ‘respeitável público’. A Imprensa, exercendo de modo responsável e isento o seu direito de informar e opinar, é uma grande ferramenta neste sentido.

E foi exatamente isso que o jornalista Rezende fez; exercer o seu direito alienável de manifestar o pensamento, falar pelos que não podem ou não ousam falar, dizer o que pensa num artigo assinado, com responsabilidade, propriedade e isenção, inclusive mostrando a cara, em um jornal de credibilidade como é o Jornal do Tocantins. Isto é o fato essencial, que dispensa outros questionamentos que não sejam esclarecimentos do próprio Estado do Tocantins, responsável pelo evento Salão do Livro.

Blogues, como este e outros tantos, principalmente porque permitem a interação com os leitores nos espaços de comentários, são também ferramentas importantes na comunicação social. E muito podem contribuir no processo de mudanças de posturas de governos e autoridades. Este é o caminho. Liberdade de manifestar o pensamento e de imprensa, informação e opinião, com isenção e responsabilidade social.

Só assim é possivel também embarcar na palavra de ordem da vez...

ACELERA TOCANTINS.

Janaina Moura Nunes
Gurupi - TO

MARCELO SOUZA disse...

Sobre Salão do Livro

A paixão inflamada gerada pelo artigo dão a dimensão da importância do assunto. E do próprio artigo. Belos elogios não insuflariam tanto debate. Ou não estaríamos no Brasil.

Acompanho o Salão do Livro desde o começo. E sempre vi aspectos controversos; a começar por ser mesmo uma proposta de governo, diferente do que seria como proposta de política pública.

Resumidamente poderíamos atestar que hoje o evento é consolidado. E é o único do estado com tal porte. Se a causa é justa, como os meios na justificam os fins, ainda há muito a ser ajustado. E nada melhor que convocar os verdadeiros interessados e possíveis parceiros numa bela mesa redonda. Democracia dá trabalho sim. Mas já que somos sócios ao pagar a conta, através dos impostos, também deveríamos ter espaço de palavra e idéias. Este dia chegará.

Outros grandes eventos com a mesma perspectiva são realizados no país sem tanto custo de infra-estrutura, em cidades mais consolidadas. Para pensar: se sua magnitude tivesse estimulado a construção de um espaço ou alguma forma de controle do abandonado (ou abortado???) “Parque do Povo’, já teríamos muito lucro. Economia de dinheiro e decretado a morte da cega e primitiva vingança de não inaugurar uma obra começada em outro governo.

Lamentavelmente – pra cultura – os eventos são necessários; a arte consiste em tirar proveito semeando costumes permanentes, hábitos culturais e não só de consumo – a leitura é fundamental – permanentes. Mas como, se as escolas não tem boas bibliotecas, auditórios e os bairros populares estão abandonados?

Tampouco os professores tem estímulo real para um permanente aperfeiçoamento e mesmo tempo para a leitura. Fazer o Q?

Aos livreiros, a indagação: porque a iniciativa privada não apóia a cultura neste Estado e nesta Cidade e ainda mantém os livros com os preços mais caros da América (não no Tocantins mas em todo o Brasil). Estimulada por subsídios federais esta é uma indústria que em nada avançou nestes últimos 20, 30 anos em busca de baratear os preços dos livros. Não é a toa que o brasileiro – em média – lê 1 livro por ano! ( e na verdade os brasileiros das classes A e B lêem pelos das outras classes... quanta ironia).

Assim, a questão é complexa.

Depois, um grande show, de um Fagner ou Dominguinhos, feito num auditório significa, quem sabe, o valor de ingressos dos mais caros do Brasil. Quiçá do mundo! (Informação: a equação de um show é cachê + passagens aéreas + alimentação + mais carros de luxo + camarins + som + luz + palco + técnicos + produtores + mídia ! agora dividam este valor por 700 lugares! Neste aspecto, tb insisto: estes shows – caso sejam realmente estratégicos e necessários a um evento deste tipo - deveriam ser em espaços para 5, 6, 8.000 pessoas....

Por outro lado, um evento que, neste ano, garantiu mais espaço de circulação, refrigeração e conforto tem seu valor para um povo que é muito maltratado pelos órgãos públicos em geral. Um povo excluído da vida cultural q teimosamente se concentra no centro da cidade, nas periferias. O mais absurdo e triste quando se fala de uma cidade planejada!

Então, Pq os livros estão tão caros no Salão? Porque um refrigerante ou lanche é vendido a preço de aeroporto? Câmbio!!!

O Salão tem muitos méritos. Este ano foi particularmente diversificado em debates e espetáculos. Quase ao exagero. Mesmo com cachês limitados os artistas locais tiveram excelente tratamento de produção. Fora que o numero de lançamentos de livros tocantinenses – para mim – refletem uma das importâncias do Salão do Livro do TO.

Mas que precisa avançar e desvendar certos mistérios, precisa. E os artistas, os intelectuais, os poetas, os professores e os alunos têm muito o que dizer. Construir um empreendimento cultural neste Estado é muito difícil. Vamos preserva-lo, aprofundando objetivos, ceifando excessos, democratizando, enfim

Marcelo Souza (leitor inveterado, animador cultural, produtor cultural há mais de 30 anos, teimosamente Palmense.) marcelojbs22@hotmail.com.

26 de março de 2010 18:34

BOBINHO DA CORTE disse...

Ai do Tocantins se nao fossem uns e outros gatos pingados da imprensa com coragem pra dizer verdades como as que estão no artigo e em alguns comentários publicados aqui.

É como o próprio Rezende disse certa vez numa sessão solene na Assembléia Legislativa, oportunidade em que o ‘circo’ – sim, lá também promovem uns de vez em sempre - estava montado para homenagear o Dia da Imprensa.

Na oportunidade, Rezende pediu a palavra, que lhe negaram alegando o impedimento com base no Regimento Interno. Mas sob o pretexto de agradecer e dizer que entendia a impossibilidade de falar naquela Casa, o poeta e jornalista rasgou o verbo.

Entre outras coisas, disse que a imprensa no Tocantins é uma ‘boneca fardada’. Terminou seu rápido discurso proibido proferindo estas palavras de ordem, que nunca esquecerei...

VIVA A FARSA !!!
VIVA A MENTIRA !!!
VIVA A HIPOCRISIA !!!

Eu e muitos outros presenciamos seu brado. Uns olharam com rabo de olho, recriminando. Eu olhei embasbacado. E aplaudi.

Neste artigo sobre o Salão do Livro, acho que o moço foi até bem comportado. É isso aí.

Unknown disse...

Acato os tantos comentários a favor do artigo, vejo claramente sua necessidade. Aos que criticam com palavras mesquinhas e medrosas como "jornalistinha palhaço e revoltado", sugiro que deixem de lado a dor de cotovelo, que reconheçam as verdades escritas e partam para a ação... melhorando a organização do evento.
Se todo jornalistinha fosse assim, este evento importante e necessário já teria nascido da forma certa, sem tantas imperfeiçoes na organização, as quais deixam o povo puto! ( tô usando o termo "puto" pra dar logo uma noção real de como nos sentimos ao esperar 2 horas numa fila e não conseguir ver os shows).
É isso aí, questionamentos desse tipo sempre foram essencias, ai de quem não sabe nem tem propriedade para refutá-los. Nós somos o povo! Pagamos impostos! Queremos respeito e respostas!

Mariama, estudante de Direito. mariamarm@gmail.com

C.I.M. disse...

COMENTÁRIO SOBRE OS COMENTÁRIOS

Poderia começar, como muitos, parabenizando a coragem do poeta. Prefiro aplaudir e reconhecer o exemplo de OBRIGAÇÃO DE CIDADÃO...Não podemos nos calar diante de absurdos como o "CIRCO".

Faço das palavras do jornalista as minhas palavras...e não vai acabar aqui, farei questão de bradá-las aos quatro cantos deste Estado.

Sim, vamos aos comentários...

Ao Vendedor de livro: Use de fato todo esse seu conhecimento, vindo de entrevistas com grandes empresários, em grandes eventos como a bienal, e ouça o que a população tem a dizer. Para falar na sua lingua, ouça o que seus leitores e consumidores de livros (seu produto de venda) tem a dizer. Não deixe seus interesses comerciais ofuscarem sua visão crítica social e até mesmo sua capacidade de interpretação de texto, pois o artigo claramente não indaga a realização, mas sim a organização da feira.

Ao anônimo de 26/03/10, 11:57:
os pesames são pra vc mesmo, meu caro...com o seu "papelzinho" de "--satidfeito popular" e o seu dinheiro no bolso para comprar o que quiser, já que "só compra livros quem pode mesmo". Já ouviu falar sobre a Constituição? Um livrinho de capa verde que fala que um dos papéis do estado é garantir, entre outras coisas, educação para a população.

Parabenizo EPS e Marcelo.
Casagrande, os empresários precisam mesmo ouvir a população, afinal, eles fazem evento para quem? Concordo tbm contigo.
A todos os anônimos e outros que compartilham a visão crítica, continuem sucitando essa discussão tão necessária.

Como estudante, não tive tempo para enfrentar as filas do salão. Pena, gosto muito de Almir Sater e Dominguinhos. Já desisti dos próximos eventos.
Quantos aos livros, continuam sendo mais acessíveis pela internet.

C.I.M.
Estudante de Medicina da UFT

NIVALDO CAMPELO disse...

Um artigo instigante, oportuno e mais que necessário neste momento em que acontece mais um Salão (?) do Livro no Tocantins bem ao modelo “circo”, como alfineta o autor do texto e também a maioria que aqui deixou comentários.

Não há dúvidas. O evento é importante, sim, mas está eivado de equívocos no seu formato: uma estrutura temporária e cara de metal e plástico, montada numa praça, em pleno período chuvoso, com participação maior de livrarias e não de editoras e, o que é mais grave, shows musicais de expressão nacional sendo realizados em um auditório “minúsculo” para o público que eles atraem. Só podia dar nisso... filas enormes, bagunça coletiva, exclusão e insatisfação.

A meu ver, o Estado deve repensar o evento, até para respeitar a população.

Viva o exercício da cidadania! Viva a liberdade de expressão!

Nivaldo Campelo
Estudante de Direito

RANIERE disse...

ENTRE OS ASPECTOS DESFAVORÁVEIS JÁ ABORDADOS NOS COMENTÁRIOS AQUI SOBRE A REALIZAÇAO DO SALAO DO LIVRO NA PRAÇA DOS GIRASSOIS, ACRESCENTO OS ESTRAGOS. ALGUÉM PAROU PRA REPARAR?

GRANDE PARTE DOS CANTEIROS LÁ VIRARAM ATOLEIROS, PARTE DO SISTEMA DE IRRIGAÇAO E ILUMINAÇAO DO GRAMADO FOI DETONADO PELO TRÂNSITO DE CAMINHÕES, CAIXAS DE CONCRETO FORAM QUEBRADAS, ALÉM DE VÁRIOS PONTOS DO CALÇAMENTO DE PEDRAS DA PRAÇA QUE FORAM DANIFICADOS.

DEFINITIVAMENTE, A PRAÇA NÃO É LUGAR ADEQUADO PARA AQUELE TIPO DE EVENTO.

Ester disse...

Oxalá tivéssemos muitos Antônios e poucos Davidis......
Parabéns, Antônio Rezende e continue a escrever! Você é dos bons!

Marina Kamei disse...

Por que se calar e acomodar? Por que não parar para pensar? Por que não criticar? Por que não se frustrar diante de aberrações? Por que ter que aguentar tudo posto como maquiagem? Por que não ver as coisas como elas são?
Parabéns Rezende, você não se calou e não se acomodou. "Berrou" o que muitos não teriam coragem de "berrar". Limpou a maquiagem. Viu as coisas/situações como são.


Não consegui comprar nenhum livro na feira. Como incentivar leitura para quem não tem fartura?? rs.. Consegui entrar no show do Almir Sater após 2 horas e meia de fila, após aguentar empurrões e grosserias de policiais, após ver um monte de "elite" passar na minha frente.

Grata,
Marina Augusta
Estudante de Artes UFT.

Fernando disse...

O que está evidente aqui é o poder de um artigo publicado em jornal e também o poder dos blogues, fundamentais hoje na disseminaçao de informaçao e de opinião. É a comunicação social se mostrando como poderosa ferramenta de mudança.

Pesquei de alguns comentários trechos interessantes nesta discussão salutar. Entre tantos, destaco alguns:

ANA LÚCIA - Já estava passando da hora de alguém tocar publicamente nesta ferida.

ANÔNIMO - A primeira vez que fui no Salão do Livro do Tocantins tive a mesma sensação expressada por você. Dá-se, nesse evento, a caricaturização da importância do livro, ou melhor, da leitura.

MARIANA FONTES - Shows de expressao nacional em auditório é mesmo piada. Piada maior sao aquelas cadeirinhas oficiais para os da frente. Sinceramente, nao dá pra aceitar. Deviam dar de troco para quem foi e nao teve lugar um nariz de palhaço. Assim o clima de circo ficaria bem mais evidente.

PROFESSORA / ANÔNIMA - Querem fomentar a leitura? Busquem uma forma de trazer quem possa oferecer melhores preços e melhores títulos.
Querem dar ao povo a oportunidade de ver bons shows sem a humilhaçao e a injustiça das grandes filas? Façam shows abertos, pra todo mundo ver sem tumulto, muita espera e correria.

ADEMAR NEPOMUCENO - Muitas vezes é preciso a gente ironizar pra se fazer ouvir e respeitar. Que o Governo entenda a publicação como crítica construtiva e repense o modo como está fazendo o salão do livro.

LAURO MARTINS - Outra coisa. No artigo, só faltou o jornalista lembrar o fato de que a locução do evento menciona a cada minutinho os nomes de duas autoridades, como padrinhos do salão do livro. A piada é a gente ter que engolir o clima de comitê eleitoreiro

RISONHO DO CERRADO - ALGUÉM NOS COMENTÁRIOS FALOU SOBRE 'NARIZ DE PALHAÇO'... RSRSRS... E EU FIQUEI PENSANDO... A GENTE BEM QUE PODIA FAZER UM NARIZAÇO LÁ.

(continua...)

Fernando disse...

(continuação)
E.P.S. - No Tocantins, já se foi aquele tempo em que jornalista até mesmo corria risco se falasse certas verdades. Era o tempo da espora e da chibata. Os tempos mudaram.
NADA MUDA NA VIDA DE UM POVO QUE NÃO MANIFESTA A SUA OPINIÃO. FELIZ É A SOCIEDADE QUE TEM POETAS, BONS JORNALISTAS E IMPRENSA LIVRE.

AURELIANO - EU FUI UM DOS QUE PEGOU FILA E ACABOU FICANDO DE FORA. DE LÁ DO FUNDAO ONDE EU ESTAVA SÓ FIQUEI SABENDO DO REBULIÇO NA ENTRADA. DISSERAM QUE TEVE ATÉ TAPA. CIRCO NESTE CASO É POUCO, MEU CARO REZENDE. NO CASO DOS SHOWS, PELO CLIMA DE DISPUTA, O TERMO MAIS APROPRIADO SERIA RINGUE.

OSMAR - Agora, cá pra nós, Rezende, bem no pé do ouvido: Você sabe qual a diferença entre "feira" e "boutique"? É que na feira a gente especula, pechincha, compara os preços "livres", escolhe o melhor produto... Na boutique a gente paga o preço da etiqueta. E ainda sai rindo.

MARCELO SOUZA - Depois, um grande show, de um Fagner ou Dominguinhos, feito num auditório significa, quem sabe, o valor de ingressos dos mais caros do Brasil. Quiçá do mundo! (Informação: a equação de um show é cachê + passagens aéreas + alimentação + mais carros de luxo + camarins + som + luz + palco + técnicos + produtores + mídia ! agora dividam este valor por 700 lugares! Neste aspecto, tb insisto: estes shows – caso sejam realmente estratégicos e necessários a um evento deste tipo - deveriam ser em espaços para 5, 6, 8.000 pessoas....

BOBINHO DA CORTE - Ai do Tocantins se nao fossem uns e outros gatos pingados da imprensa com coragem pra dizer verdades como as que estão no artigo e em alguns comentários publicados aqui.

MARIAMA em resposta a um ANONIMO - Se todo jornalistinha fosse assim, este evento importante e necessário já teria nascido da forma certa, sem tantas imperfeiçoes na organização, as quais deixam o povo puto! ( tô usando o termo "puto" pra dar logo uma noção real de como nos sentimos ao esperar 2 horas numa fila e não conseguir ver os shows).
É isso aí, questionamentos desse tipo sempre foram essencias, ai de quem não sabe nem tem propriedade para refutá-los. Nós somos o povo! Pagamos impostos! Queremos respeito e respostas!

NIVALDO CAMPELO - Um artigo instigante, oportuno e mais que necessário neste momento em que acontece mais um Salão (?) do Livro no Tocantins bem ao modelo “circo”, como alfineta o autor do texto e também a maioria que aqui deixou comentários.

Estes foram apenas alguns pontos que julguei interessante destacar. Acho que a Secretaria de Educaçao do Esatado e os "olheiros do Governo", se quiserem, agora têm motivos de sobra para entender o que é o sentimento da população em relação à maneira como estão organizando o evento.

Encerro como já fizeram muitos aqui, dando vivas à cidadania e à liberdade de expressão. Também faço coro... CHEGA DE "CIRCO" DO LIVRO!!!

Fernando
Estudante de Jornalismo

OLHEIRO GOVERNISTA disse...
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OLHEIRO GOVERNISTA disse...

Passei hoje cedo na praça e lembrei deste artigo. Não contive o riso. Até porque a movimentação lá agora é que lembra o termo circo. Começaram a desmontar a estrutura enorme, cara e temporária que todo ano é ‘alugada’ pelo Estado.

Daqui de onde estou, respirando ar refrigerado de gabinete vip e observando as dimensões da estrutura circense, talvez maior que a do próprio palácio, pensei na gorda verba pública que turbinou a movimentada feira do livro e em quanto dela ficou para os verdadeiros tocantinenses.

Como dizia, contemplando a estrutura imponente, a sensação que tive foi de ressaca. Não só porque bebi e comi à vontade num certo terracinho central do salão do livro, cuja vista panorâmica e o entra e sai de gente metida a granfa enebriaram por vários dias os que só sabem rir e trocar cumprimentos, na maior hipocrisia; mas porque no fundo está me doendo a consciência. É sempre depois da farra que nos cai a ficha.

Estou ansioso pra ver a repercussão nos jornais, rádios e TVs que também faturam do Governo. Quero rir das colunas sociais e também das matérias do tipo sonrisal ou engov, plenas de informações elogiosas. Rirei ainda mais se na imprensa alguém, por descuido ou maldade fingida, afirmar que o salão não foi um sucesso de público e de vendas, mas um verdadeiro ‘espetáculo’.

É isso aí, minha boa gente tocantinense. Ano que vem tem mais salão do livro.

Unknown disse...

Concordo plenamente contigo. Mesmo tendo sido demasiadamente diplomático, tocastes em pontos chaves dessa questão. Toda via, os problemas desse evento extrapolam o campo da ética. Há problemas técnicos de grande relevância principalmente com a segurança. Nesse ano, foi muita sorte nenhuma tragédia ter acontecido por conta da falta de organização e conhecimento técnico.

Lorena Barros disse...

Acredito e parabenizo a atitude de Rezende e de tantas outras pessoas que aqui o apoiaram de peito aberto. Pois bem, venho dar meus testemunhos sobre a atuação do Estado no circo...
Coordeno um projeto voluntário que este ano faz 10 anos de atuação no Tocantins. Infelizmente, não publicarei o nome, pois não tenho autoridade para fazê-lo. O projeto se apresentou no circo por dois dias, e já no primeiro dia o Estado veio fazer-nos uma visitinha!
"Olá, sou do programa 'Acelera Tocantins', e gostaria que um de seus atores interagisse com tal criança(e apontou-me a criança)" - disse a moça.
"Por quê? Ela sofre de problemas emocionais?" - perguntei ingênua.
"Não, não. É para fazermos uma propaganda para o Estado. Filmaremos o ator com a criança para dar um ar de humanização na propaganda!" - esclareceu-me a moça.
Olhei profundamente nos seus olhos, estagnada! E sem tripudiar, disse:
"Quanta cara de pau, moça! Não temos tempo para isso!!! Por favor, retire-se daqui!"
Fiquei muito espantada com tamanha ousadia!
Usar-nos e usar nosso nome para algo tão baixo.

De fato, não participei de um dos shows! Pois não tenho credencial... Trabalhei por dois dias no Salão, entretendo jovens e crianças, e não pude assistir a nada!
PS.: O dinheiro que recebemos tem destino a outra instituição!

Precisamos sim mudar muita coisa por aqui... Começar pelo Salão do Livro já é um grande passo!

Abraços,

Lorena.
(estudante do curso de Direito da UFT)

Cristian disse...

Quando um amigo fez um comentário brincando com a feria ´´ Shopping Center do livro´´, não sub analisar o teor critico do seu comentário no momento. Toda as estrutura comercial é a base logística do sistema capitalista, e como o texto explana de maneira exemplar ser mais aos interesses privados que a interesses coletivos. A argumentação de que a feira gera emprego a população e movimenta e economia é valida, entretanto o capital auferido pelas livrarias e as poucas editoras presentes não se comparam. Não podes também cair do erro se sermos contrários a féria, ao contato as pessoas com a literatura e os movimentos artísticos mas devemos termos a analise critica de que alem de um evento literário e a feria também representa um espaço de promoção política com recurso do contribuinte. Ou alguém não reparou nos agradecimentos pessoais feitos pelos artistas ao nosso governador e os ex-senador Quintanilha (PMDB), que deixou o cargo para assumir a secretaria e logo a coordenação da feira? Será maquete para se reeleger ou simplesmente o sentimento bucólico de ajudar a população palmense??

Cristian disse...

Será que uma estrutura menos extravagante e mais eficiente não seria mais benéfica ao cérebro e bolso do contribuinte? Uma estrutura aberta (não refrigerada) não significa menos conforto, mas sim mais tempo de feria, mais acessos aos show, etc.

Djan disse...

Caro Rezende,

Sua voz pública é a minha e de outros tantos.

Antes das respostas surgem as indagações. Continue a questionar sobre o que acontece em nossa volta. De circo todo mundo gosta, faz parte da brincadeira e da infância.

O que estaos é cansados de atuar como palhaços!

Grande abraço!

Zacarias Martins disse...

Vejo como salutar este debate, principalmente para que se repense os pontos negativos e se busque a concretização de resultados positivos e que atendam aos anseios da população tocantinense e sua realidade.

Agora, há que se reconhecer que o Salão do Livro é um evento importante e que deve ter continuidade.

Vitória Nascimento disse...

Para mim está muito claro que o que está em discussão não é a continuidade do salão do livro, sua importância como feira literária e como evento que proporciona ao povo oportunidade de entretenimento cultural. Ninguém discute este ponto.

O que está sendo questionado é a forma equivocada com que a Secretaria da Educação vem realizando o evento há anos. Isto é o que está mais que evidente para mim e, creio, para a maioria dos que se manifestaram nos artigos e nos comentários.

Neste ponto, fecho questão e também engrosso o coro dos descontentes: Chega de "Circo" do livro!!!

arqnessa disse...

Muito bem escrito, parabéns!!!
Realmente o conceito desse evento deve ser revisto.