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“Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer a verdade, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando. Falei muitas vezes como palhaço. Mas nunca desacreditei na seriedade da platéia que sorria." CHARLES CHAPLIN

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EXTRA!

Olá, amigos!

Nosso perfil no Facebook foi desativado por reclamações de usuários incomodados com nossa postura crítica. Isso é uma forma de CENSURA. De uma coisa estamos certos: jogamos muita LUZ na ESCURIDÃO que povoa corações e mentes naquela rede social.

Pedimos a nossos leitores que repercutam no FACE esta nossa frase e o link abaixo:

“a VERDADE continuará cortante como lâmina afiada. e precisando de CRISTOS pra se sustentar, em todos os sentidos. a maioria, FUGINDO DA VERDADE, prefere CRUCIFICAR quem diz a verdade”

http://migre.me/5UUH2

Atenciosamente,

ALM@NÁRQUICA

terça-feira, 1 de março de 2011

ANÁLISE DE NOTÍCIA


Alguém tem algo a declarar?!

Falar é perigoso: pode dar o que falar. Para sinalizar ao leitor uma linha de raciocínio e antecipar o entendimento, ouso construir pelo menos mais duas frases de efeito (perceberam a primeira?): 1) Política se faz com diplomacia e articulação, sem bravatas; 2) Notícia é que nem comida, só presta fresquinha e bem temperada. Pronto. Acho que temos no mínimo um começo razoável. Será?

“OFENSIVA – Governador ataca bancada de oposição na Assembléia”. Foi a manchete principal do Jornal do Tocantins de hoje. O destaque de capa se fundamenta em frase extraída do discurso do governador Siqueira Campos durante evento da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM): “O culpado dessa situação é uma Assembléia dúbia, conduzida de forma dúbia, por um grupo de desonestos”.

A frase, entre outras do governador, talvez tenha escapado por descuido, num momento em que o Governo espera celeridade dos deputados na aprovação do Orçamento. É verdade. A Assembléia é dúbia mesmo em suas decisões. Tem, sim, deputados desonestos.  O problema é um governador dizer isso. A verdade, dita desta maneira, nunca soa como “recado”. É no mínimo xingamento. E foi assim que alguns deputados entenderam.

Como quem bate leva, por conta da frase, Siqueira teve que engolir conselhos; como de um deputado considerado relapso no uso de termos nada condizentes com o decoro parlamentar e a diplomacia política, Sargento Aragão, do PPS. Para Aragão, Siqueira deveria procurar um psiquiatra. Fatos são fatos. Repórteres políticos presenciam, registram, ouvem os lados e publicam. Claro. Jornal vive disso. Notícia. De preferência, com pimenta.

Depois do retorno nada fácil ao Governo, com bancada menor numa Assembléia dividida em pesos quase equivalentes no quilate moral, tudo que o governador Siqueira Campos não pode fazer agora é entrar no jogo de bate/rebate com deputados. Declarações públicas desagradáveis do ponto de vista da diplomacia política só acirrarão ainda mais os ânimos entre oposicionistas e governistas. O cabo de guerra está tensionado. É preciso relaxar e convocar novos atores políticos, de preferência mansos e sensatos articuladores.

Siqueira tem função administrativa, não pode se meter em pegas. Os recados que o Governo precisa dar a deputados devem ser elaborados de modo mais articulado e inteligente. Não convém dizer verdades em discursos inflamados. E aqui vale ressaltar que grupos políticos muitas vezes pecam na escolha de seus líderes parlamentares por atribuir a função a oradores egóicos, piadistas e pouco sensatos.

Polêmicas, pegas, rompantes, discursos inflamados, tudo isso inspira manchetes garrafais.  O resultado é queimação de filme. A imprensa, em seu papel, busca notícias para publicar.  De preferência, com pimenta.

Alguém tem algo a declarar?!

12 comentários:

ANANIAS disse...

É uma das análises mais instigantes e densas que já li sobre política tocantinense. Um recado direto ao governador e aos articuladores políticos do Governo. A Assembléia tem desonestos? Quais são eles? Com inteligência dá pra "desbaratar".

Também ouso deixar um ditado: "Quem sabe o que espera, pega a caça, ou deixa passar."

Anônimo disse...

A forma americana de tratar os problemas políticos vem chegando ao Tocantins. Depois de Lula, que sempre, quando havia algo para aprovar ou comemorar, colocava o rostinho nos meios de massa, é a vez de Siqueira Campos.

Lula é a maior prova de que, na política brasileira, simpatia é melhor que competência.

Siqueira não é Lula.

Na "Casa de Leis" a baixaria come solta. Doze deputados de oposição esperam, com bolsos ferozes, o nosso dinheiro. Acontece que uma dúzia de bolsos oposicionistas quebraria o governo.

Estamos no terceiro mês de governo e não há nada aprovado. Vergonha, falta de habilidade política e deputado vagabundo... que salada!

O artigo de Damatta está muito bom.

Zé do Toca disse...

Tem gente julgando este blog um picadeiro. Mas bem vejo que o editor/palhaço não é besta. Digo como diria o Salomão Venceslau: "É... pois é. É isso aí."

Eduardo Siqueira Campos disse...

Nao poderia deixar de registar a minha opiniao sobre a qualidade do texto,sua clareza e oportunidade.
Posso nao concordar com tudo, mas a analise é muito boa e pertinente.
Julgo importante destacar que a Augusta Casa de Leis, a Assembleia Legislativa, incinerou nada menos de 100 Milhoes de Reais,durante o exercício de 2010 (ano eleitoral).
Destaco alguns gastos interessantes, como o pagamento de meio milhao de reais, em uma única só vez, por dispensa de licitaçao a um instituto de pesquisa e marketing. Superfaturamento na digitalizaçcao de documentos, compras injustificaveis de mobiliário e gastos inexplicáveis com call center,entre ouros absurdos. É pouco?
Nao, sua excelencias agora querem mais 30 milhoes de reais. Ou seja serao 130 milhoes de reais, orcamento equivalente a cidade inteira de Gurupi.Só para que se tenha uma ideia, a cidade de Paraíso, com mais de 13 escolas,milhares de alunos, postos de saúde, creches,limpeza urbana,merenda e funcionários, Camara Municipal etc etc executa um orçamento anual de 40 milhoes de reais.
Os Deputados só poderao gastar 75 milhoes com despesas de pessoal , folha e encargos. Sobram quantos tostoes? 58 milhoes de reais( cinquenta e oitos milhoes de reais). Pode?
Coincidencia ou nao alem do absurdo,inaceitável e inacreditavel aumento, desejam retirar do ordenador de despesas, o Sr. Presidente, as prerrogativas hoje existentes no regimento.
Se na opiniao do Sargento Deputado, o meu Pai precisa de um psiquiatra, eu diria que o ocorrido na gestao passada, tanto quanto na pretensao presente, a Assembleia virou um caso de Polícia, Ministério Publico ou, quem sabe, da Policia Federal.
A reaçao indignada pode nao ter sido a melhor,mas o que pode dar cadeia é a conduta administrativa que denucio.
Faço a seguinte proposta: Vamos transformar os 30 milhoes a mais, que desejam os 12 entrincheirados, em bolsas de estudos ? Alguem tem algo a declarar?

alm@nárquica disse...

Eis aqui (no comentário anterior)informações muito relevantes que, sinceramente, precisam ser difundidas.

Infelizmente, muita gente não tem ainda clareza da situação.

Nestes tempos de comunicação virtual e celeridade, nada melhor que abrir janelas para a LUZ DA VERDADE.

Quando ela chega, acaba-se a ESCURIDÃO.

Anônimo disse...

Em pleno século XXI, globalização, tecnologia da informação à disposição da sociedade, normas e mais normas sobre planejamento e orçamento, transparência das contas públicas, ação planejada, responsabilidade fiscal, e ainda temos de conviver com uma Assembléia Legislativa repleto de Legisladores inertes, que ainda se alimentam de discursos pífio e idéias ultrapassadas e míopes, subestimando a capacidade e o conhecimento da sociedade. Tem deputado ainda vivendo o fervoroso rancor dos tempos, enquanto para sobrevivência, na maioria das vezes pelos seus próprios interesses é necessário pelo menos ser democrático.

Um Estado sem orçamento aprovado caminha em direção contrária à modernização e ao desenvolvimento e ainda desorganiza suas finanças, principalmente pela falta de controle de gastos. O melhor remédio neste momento é executar o orçamento no primeiro trimestre através de Medidas Provisórias.

ANANIAS disse...

O articulista do alm@náquica deu um pitaco certeiro. O governador não precisava bater direto e duro. Bastava um discurso choroso, como bem sabe fazer com convencimento, um clamor às bases, bem explicado.
As bordoadas ficariam então para alguns prefeitos honrados. Ou até mesmo vereadores que, considerando os absurdos da proporcionalidade orçamentária da AL em relação a municípios inteiros, pudessem dar com mais dureza o recado: "Caiam na real, senhores deputados!!!"
O blog de alma anárquica encarnou de vez Chaplin. Surpreendeu com a a sutileza de dizer as verdade como se brincasse. E nesta pegou o Governo, mesmo rifando deputados.
Admiro o Eduardo por estas posições abertas, democráticas. Demonstra que respeita opinião, comenta mostrando a cara, diz e esclarece mais, muito mais.
É mesmo um absurdo uma Assembleia ter orçamento superior a cidades como Gurupi e outras. Imagino Paraíso, logo alí depois da ponte, com um montão de problemas sociais a resolver, morrendo de inveja da "augusta" casa que se encastela num cantinho de praça.
Um parlamento meia boca. É o que temos. Tanto dinheiro pra quê? Peneirando bem...
Se alguém tem algo a declarar?
Eu, heim!

SÁVIO NEPOMUCENO disse...

EU DECLARO QUE NUNCA ENGOLI OS NOSSOS PARLAMENTOS. GERALMENTE, COM RARAS EXCEÇÕES, O TEMOS SÃO VEREADORES E DEPUTADOS INTERESSEIROS. ISSO SEM CONTAR QUE MUITOS SÃO VERDADEIRAS NULIDADES, UM REFLEXO DO NÍVEL DE ENTENDIMENTO POLÍTICO DO POVO TOCANTINENSE.

O SIQUEIRA FOI APELÃO, MAS DISSE O QUE TODO MUNDO SABE: TEMOS UMA ASSEMBLÉIA DÚBIA E DEPUTADOS DESONESTOS. QUEM QUISER QUE VISTA A CARAPUÇA.

EITA BLOGUINHO ARRETADO!!!

JCG disse...

A Secretaria das Cidades enfrenta sérios problemas na elaboração de projetos técnicos para os municípios, por falta de Orçamento. As equipes técnicas lá estão sem condições sequer para fazer levantamentos topográficos, coisas básicas e fundamentais à elaboração de projetos técnicos de infra-estrutura.

O problema é sério, porque a secretaria tem prazos a cumprir com o Ministério das Cidades. O resultado pode ser perda de investimentos em obras fundamentais ao desenvolvimento social e econômico das cidades, principalmente nas áreas de saneamento e pavimentação.

Isto está muito claro em notas da assessoria de imprensa da Secretaria das Cidades que recebi hoje cedo e em artigo do secretário Ronaldo Dimas, que vi publicado no site da jornalista Roberta Tum, ontem.

Este aspecto é apenas um ponto, entre tantos que ilustram a situação de neutralização das ações do Estado por causa da questão do Orçamento.

JCG - Araguaína

JCG disse...

Volto para parabenizar a iniciativa deste blog. De fato, política se faz com diplomacia. Verdades tem que ser ditas, mas de modo diplomático.

Quanto ao debate sobre o salão do livro, considero fundamental. Também penso que os gastos anuais em locações e contratação de eventos paralelos não afins com o aspecto literário são uma pedra no meio do caminho. O Governo tem a obrigação de dar ouvidos ao que aqui está sendo publicado, com coerência.

É isso aí, almanárquicos. Baixem a lenha, com estilo, humor, inteligência e pimenta... muita pimenta.

É como diz a frase de efeito do bom articulista: "Notícia é que nem comida: só presta fresquinha e bem temperada".

É isso aí.

DA REDAÇÃO disse...

"Louvo a criação do espaço livre para debate de um tema tão importante, porém tenho a restrição constitucional de manifestar-me sobre matéria que será objeto de atuação ministerial. Estado democrático é o em que o cidadão pode falar e o estado tem o dever de escutar. Parabéns."

DE UM JURISTA, via Facebook

Fernanda de Alcantara disse...

É...um episódio parecido, dessas pessoas de personalidade sanguínea que respiram impulso, foi aquele inquilino que encontrou um ponto positivo em uma das críticas do projeto Bolsa Família. (Nada contra o projeto)
Ele disse que se cada 10 milhões de famílias comprarem cachaça, isso ajuda na economia do país...
Seria cômico se não fosse trágico rsrs pois deve ter se esquecido dos acidentes de trânsito pelo alcool, da violência doméstica, e outros tantos 10 milhões de trantornos causados pela bebida alcoolica que "ajuda" muito para a economia do país.