sábado, 19 de fevereiro de 2011
QUE VENHA O SALÃO DO LIVRO, MAS SEM "CIRCO" NEM "CELEBRIDADES"
O Salão do Livro do Tocantins este ano (de 1º a 10 de julho, na Praça dos Girassóis) terá um “Espaço Externo” para grandes shows musicais, antes realizados em auditórios fechados. Outra novidade é a possibilidade de participação popular na elaboração da programação do evento através do site www.seduc.to.gov.br.
As mudanças, seguramente, são frutos do grita geral no ano passado, quando tumultos e protestos nas filas repercutiram negativamente na mídia. Alguns artigos publicados sobre o assunto na época foram reproduzidos e bastante comentados no alm@nárquica, entre eles CHEGA DE CIRCO DO LIVRO, do poeta Antonio Rezende, e OSCAR SCHMIDT É MEU HERÓI, do publicitário Marcelo Silva.
Neste momento em que o Salão do Livro volta às páginas da imprensa local, queremos reacender a chama daquele debate positivo, para que os organizadores do evento não incorram em erros do passado. Até julho, há bastante tempo para que o Estado se esmere na produção. Será?!
As mudanças, seguramente, são frutos do grita geral no ano passado, quando tumultos e protestos nas filas repercutiram negativamente na mídia. Alguns artigos publicados sobre o assunto na época foram reproduzidos e bastante comentados no alm@nárquica, entre eles CHEGA DE CIRCO DO LIVRO, do poeta Antonio Rezende, e OSCAR SCHMIDT É MEU HERÓI, do publicitário Marcelo Silva.
Neste momento em que o Salão do Livro volta às páginas da imprensa local, queremos reacender a chama daquele debate positivo, para que os organizadores do evento não incorram em erros do passado. Até julho, há bastante tempo para que o Estado se esmere na produção. Será?!
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8 comentários:
É preciso estar atento sobre até que ponto existe abertura pra que o assunto seja debatido com liberdade no site da SEDUC. Fui lá, mas não pude opinar. Quando cliquei no banner "VAMOS FAZER JUNTOS?" deu "falha no carregamento da página".
Também entrei no site da secretaria. A janelinha de participação de fato não abre. Numa barra de ícones do site, cliquei no link "SALÃO DO LIVRO". Mas o que acessei são coisas do passado, ainda do tempo do Gaguim, aquele governador temporão e "acelerado".
Volto pra colar aqui o que ainda está acessível no site da Seduc, a partir do ícone SALÃO DO LIVRO.
Como disse, coisa do tempo do governo acelerado de Gaguim e seus aloprados.
Reparem como o texto tem um enfoque publicitário e magalomaníaco, centrado no mote de campanha ACELERA TOCANTINS!:
Apresentação
O governo do Tocantins, por meio da secretaria da Educação e Cultura, apresenta a maior e mais completa edição de um dos mais importantes eventos literários da região Norte/Nordeste do País: o 6º salão do Livro do Tocantins
— A Leitura Acelera a Educação.
Ciente de que uma educação inclusiva passa, necessariamente, pela democratização do livro, o governo do Estado ampliou o Salão do Livro em 2010.
A estrutura, na Praça dos Girassóis, vai passar de 8.350 m² para 10.800 m².
O auditório principal será ampliado para oferecer mil lugares. Além disso, os visitantes poderão contar com uma sala exclusiva para leitura.
Mais de 500 editoras estarão confortavelmente instaladas em 115 estandes, apresentando ao público visitante mais de 80 mil títulos. A expectativa é de que o 6º Salão Livro do Tocantins supere os recordes de público, de eventos e de comercialização de livros, gerando milhares de postos de trabalho diretos e indiretos.
O 6º Salão do Livro do Tocantins entra definitivamente para o calendário dos grandes eventos literários do País, sendo uma oportunidade de diversão, informação e cultura para as famílias tocantinenses.
É o governo do Tocantins investindo na educação. Porque a educação acelera o desenvolvimento. E o desenvolvimento acelera o Tocantins!
OLHO VIVO, DANILO!!!
Sugiro que o secretário Danilo (uma pessoa bem intencionada que pode e deve dar outro norte ao evento) procure o governador Siqueira Campos e aborte temporariamente as “negociações” com certos experts em promover salões de livros nos moldes dos que vêm acontecendo aqui e alhures. Há lobos em pele de cordeiro faturando alto com esse papo de “incentivo à leitura” em eventos temporários dentro de tendas climatizadas gigantes.
Antes de procurar o governador, secretário, “descubra” por exemplo a FNLIJ - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (www.fnlij.org.br), uma instituição de caráter técnico-educacional e cultural, sem fins lucrativos, criada em maio de 1968 e estabelecida no Rio de Janeiro. Ali, seguramente, o senhor encontrará um ótimo modelo de salão do livro a ser adotado pelo Tocantins.
A instituição promove o Salão FNLIJ do Livro, evento de caráter institucional em que o livro para crianças e jovens, seus autores e editores, e a leitura literária são o centro das atenções – e não os livros didáticos, de referência, religiosos ou de auto-ajuda. Há 42 anos, a FNLIJ acredita que a formação de leitores se constrói pela prática da leitura literária e é ela que consolida a base humanista dos profissionais de qualquer área.
Faça um contato com essa gente de lá, secretário, ou descubra outras experiências interessantes nesse sentido. Busque informação de gente que vê salão de livro por um outro prisma que esse de certos experts que atuam por aqui e em outras cidades brasileiras, com um modelo de salão empacotado, feito na medida de muitos interesses, mais pra alarde e faturamentos que com fins culturais e literários.
Olho vivo, senhor Danilo. Tem gente faturando horrores com esse papo de “incentivo à leitura” em tendas climatizadas gigantes. Salão de livro, definitivamente, não é isso.
Tom Damatta
damatta.tom@gmail.com
Ressalto a falta de transparência quanto aos investimentos públicos nisso. A sociedade precisa saber nào somente quanto o estado investe, mas em que especificamente investe. Um conhecido empresário local me disse que todo ano embolsam milhões só em locações. Segundo ele, se for pra fazer salào de livro em estrutura metálica coberta de lona como estão fazendo, mais conveniente seria o Estado encomendar estrutura semelhante aqui mesmo. No Tocantins já tem gente especializada em fazer tendas e climatizá-las. Também acho um absurdo esse modelo de salào do livro. Ainda mais num estado pobre como o nosso.
Muito coerente o comentário do Tom Damatta. Penso também que o Governo pode rever o projeto, principalmente num momento em que prega dificuldades de orçamento, faz corte de gastos em vários setores e demite milhares de servidores.
No que diz respeito ao salão do livro, acho que a grande questão é focar nos objetivos principais: estímulo à leitura, acesso a livros literários e interação publico/escritores. Um entretenimentozinho é bom e faz parte, mas na medida certa e no mesmo foco: cultura com nuance literária.
pelas experiências anteriores, já deu pra perceber que programação muito variada dispersa público e cria tumulto. Nâo é função da Seduc promover festa popular.
O Estado quer e pode promover shows e outros eventos para massas? Que faça isso em outras oportunidades. Salão de Livro é mesmo outro papo.
Parabenizo a iniciativa do blg.
N o site da Secretaria da Educação, depois de conferir que o banner de participação não abre mesmo e que o link “salão do livro” leva a uma propaganda (sim, aquilo é propaganda) do ano passado, cliquei numa notícia: “Salão do Livro trará novidades em sua 7ª edição”.
Entrei pra ver as novidades. Mas vejam só o que achei num determinado parágrafo do texto:
“Outras novidades que poderão ser anexadas ao Salão do Livro são: Espaço de Cinema, circo, Espaço Arraiá e Parque de Diversão, visando oferecer alternativas para que os alunos tenham local para apresentarem os trabalhos realizados na escola e que os turistas, crianças e jovens tenham mais espaço para diversão.”
É o que está escrito lá. Ou seja, além dos shows, a programação prevê cinema, circo, arraiá e parque de diversão. Isso mesmo. Como se vê, o foco é bem mais amplo.
Do jeito que estão pensando, seria mais interessante excluir da programação o que de fato tem a ver com salão ou feira do livro. Daí poderiam até mudar o nome do evento para algo como Férias em Palmas, ou qualquer outra denominação do gênero, com chamadas diretas para circo, cinema, shows musicais, quadrilhas e até parque de diversão na Praça dos Girassóis no mês de julho em Palmas.
Pronto. Seria o fim dessa onda de publicação de artigos críticos em jornais e debates incômodos em sites e blogs de universitários. Isto, evidentemente, se o Estado abraçasse mesmo a idéia de, depois de fazer a grande festa pop na praça, promover um evento literário digno do nome que ostenta: Salão do Livro do Tocantins.
Janaina Assunção
Para registro deste blog, informo que publiquei hoje, 01/03, o seguinte comentário no fórum da Seduc...
"Como cidadão, quero saber quanto o Salão do Livro/2011 vai custar ao Estado e em que, especificamente, o dinheiro vai ser aplicado. Eu considero um evento importante, mas de programação equivocada em sua concepção. Perdeu o cunho literária para se transformar em grande festa popular, agora com proposta de espaços para cinema, circo, parque de diversão e até "arraiá". Defendo um salão em estrutura permanente e não em tendas alugadas.
Alguém que respeita opinião pode me responder. Tom Damatta (damatta.tom@gmail.com)"
O comentário foi enviado e, para ser publicado lá, precisava ser avaliado por uma equipe de moderação.
FICA AQUI PARA REGISTRO.
VAMOS AGUARDAR
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